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sábado, 4 de julho de 2009

Filho das trevas


Ele sai à meia-noite!
Se esvai na treva nascente...Tragado
Pela escuridão decadente....
Ao longe...
um uivo de lamento...
Em negras brumas se converte o firmamento...
Ocultando, das estrelas...
a vigília dormente...
Só da lua , o resquício opaco prevalece...
A epiderme nua...
com o frio estremece...
Cai...despenca a noite, sobre ele...seu negro manto...
Anestesia o medo...afinal...ele é seu filho...
Um filho acolhido pelo manto da mãe...
Apaga a dor...
Despreza a existência...
Só da luz a reminiscência...
Dos céus nem mais roga a clemência...
Da solidão...morte...vazio...destruição...
O alívio...no sepulcro iminente que busca...
Busca...além...Além da dor , além do desespero...
Nessa trincheira sem armas ...
Nessa batalha de si mesmo...
Continua...
corre a esmo...
Vencido pelas trevas...
Engolido no abismo infinito...
A transmutação se processa...
Se cumpre a maldita promessa...
Nasce o servo das trevas,
No cântico que o vento professa...

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